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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O novo e o antigo


Estava lendo uma matéria sobre recuperação de arquitetura.

Nela o escritor citou dois nomes conhecidos da cidade de São Paulo: a Sala São Paulo de Concertos e a Cinematéca Brasileira que tem em comum o autor: arquiteto Nelson Dupré e que foram adequadas em suas construções antigas a seus novos usos.

Belo texto que deveria fazer parte da leitura de todos que lidam com vendas de imóveis.

Mas o que me faz trazer este assunto aqui?

Terminada minha leitura fiquei divagando e acabei num paralelo entre novos e antigos corretores imobiliários.

O texto faz muitas menções a conservação do estilo, da arquitetura, ao respeito pelas características e a utilização de tudo isso em prol do novo, da adequação a necessidade atual.

Fascinou-me esta adequação porque em todos os meios vivemos esta realildade, e trazendo para a nossa me vi pensando em como é difícil ser da geração mais velha, ter mais experiência ou vivência. Como é complicado ser mais novo, ser mais arrojado, querer mais rapidez.

E me pergunto sempre: porque não adequar estes dois mundos tão distantes e tão próximos?

No caso dos corretores imobiliários,  já imaginou?

Chegar totalmente calça barnca e ter aquele professor genial que explica detalhes, oferece oportunidade, acompanha sem exigir dividir a não ser conhecimento e depois poder trocar com ele ensinando as novidades, mostrando sua capacidade de caminhar ao lado, ouvir e ajudar.

Num dos meus primeiros trabalhos como corretora tive como professor um senhor com 80 anos, nem sei se vive ainda.

Tinha o caminhar trôpego, a fala repetida, os problemas definidos. Já não podia dirigir, mas me ensinou os caminhos da profissão.

As informações que me passou fazem diferença até hoje em meus atendimentos, em minhas decisões.

Fui sua carona durante o pequeno período em que trabalhamos juntos e isso fazia a diferença para ele que certamente trabalhava somente por prazer e,  pouca paciência encontrava a seu redor.

Ao nos separarmos, durante algum tempo ainda,  nos falamos por telefone e na última vez em que conversamos, creio que ele já estivesse bastante doente, pois já não trabalhava mais, ainda me recordou carinhosamente que estivesse onde estivesse, vendesse o imóvel que fosse para a pessoa que fosse tivesse a frente de tudo o carater e a dignidade que esta profissão merece.

Fantástico!


Aos que falam de nós pelas costas, muito obrigado! É sinal que estamos sempre na frente!

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